sexta-feira, 12 de julho de 2013

Eu sou quero me formar

Faço enfermagem e estou me formando neste ano. Área escolhida, possível mestrado. Tudo lindo. Mas surgiu uma pedra no meu caminho. No meio do meu caminho havia uma pedra, chamada saúde do trabalhador.
Guarda bem essas palavras: COXA. A professora (que é substituta e estava caindo fora) foi chamada de ultima hora, para a disciplina porque não tinha ninguém pra dá-la: cena bem assim
_ Ô fulana, o que você tem pra fazer de terça a tarde?
- Nada, porque? (tipos, ela pensando que ia ser chamada pra dar uma volta no shopping)
- Então você é a nova professora de Saúde do trabalhador. Mas nada... começa terça feira. 

E assim começou as duas horas de tortura. Poderia ser pior, poderiam ser as quatro aulas que realmente eram, mas seria melhor se não fosse nenhuma e a gente estudasse a distância. Pois bem: trabalho um: concluído. Trabalho dois: concluído. Apresentações: ok. Viagem:? Ok (quase ok que o tio do bus quase matou a todos)

Mas nem tudo é perfeito. Vou fazer trabalho em grupo sem ser com as minhas tradicionais (com)parças. Até ai, magoadinha mas beleza. Paro num grupo de uma menina que me detesta e faço dupla com uma outra guria que é varzea. Veja bem, não é o sujo falando do mal lavado porque eu sou esforçadinha. Mas ela é várzea mesmo, por N razões que eu não digo pra ninguém me acusar de nada.

O trabalho é ENORME (põe ênfase nesse enorme estilo Marcelinho lendo contos eróticos porque é ENORME mesmo). E o pessoal da minha (atual) turma não ajuda, colocando a prolixidade multiplicada por proatividade ao quadrado. As vezes eu me pergunto, será que eles dormem? Lá vou eu né descobrir assim, nos 45 do segundo tempo que o pessoal além do que foi pedido estava colocando até o não pedido como por exemplo o Estado Novo. Coerência, pra que?

Beleza, então que eu notei que eu não ia dar conta mesmo e convoquei a coleguinha. Dei uma ÚNICA função pra guria, avisando que IA DAR TRABALHO mas era a parte mais fácil. Veja bem, eu esperava nessa que 1/3 do trabalho estivesse resolvido. E ela me manda uma página com todos os erros possíveis. Corrijo ela e eu recebo o diálogo que segue.


  • Eu
    Entao, pra CADA TÓPICO
    e as falas das entrevistas
    Pra mim veio só uma página de trabalho
    Só a parte teórica, até agora deram 12 páginas.... e isso que falta muito mais coisas ms eu preciso dos dados detalhados

  • Ela
    caracas minha net ta muito lenta
    naum to conseguindo ver suas msgs
    naum sei se vc esta recebendo as minhas
  • Eu
    Tô sim

Vendo isso a gente conclui: ou ela é muito tonta por achar que eu cai nessa. Ou eu sou é muito tonta por ter entendido e ter deixado quieto. Atentando-se: Eu odeio qualquer briga, até mesmo quando eu estou certa. E quando estou dentro delas eu só penso em SAIR delas. Enfim, não briguei.

Mas pensa numa pessoa que estava desesperada, com uma úlcera no estômago de tanto nervosismo. Oui   oui, j'étais. Ai que eu vi que o trabalho não ia ficar pronto, e eu ja estava pirando porque eu estudei TUDO o que eu não tinha estudado em um semestre inteiro.  Ficou pronto a apresentação de grupo, peguei amizade da que me odiava (ou pelo menos ela não vai me matar primeiro) e vamos em frente. Apresentação foi de boa, a menina não fez nada mas ia participar. Trabalho escrito, não entreguei, mandei a real pra professora sobre a folgada e ela me "perdoou". Nos deu a opção de chegarmos a decisão de como resolveriamos a situação, visto que eu estava desesperada por ser meu penúltimo semestre e de boa de ficar mais um ano com um mestrado encaminhado. Guarde bem isso também: estou quase me formando com a vida semi-encaminhada. 

Falei na cara da menina e da professora que eu não me sentia a vontade de fazer o trabalho em dupla, queria fazer sozinha mesmo. Vinte páginas minhas, mas vinte páginas SÓ MINHAS. Ela olhou chateadinha, mas né. Ai que eu fiquei até com dor na consciência e bla bla blá. Mas venhamos, em quatro anos ninguém teve muito dó da minha pessoa. Se eu não fazia algo, eu me lascava. Se eu fazia de menos, eu me lascava. Se eu fazia de mais, também me lascava. Uma universidade (pública) é uma selva. No meu caso é literalmente.
 
Mais três dias pra fazer o trabalho e eu estava sobrecarregada. Sério, era uma sexta-feira, o dia da comemoração do último dia de aula dos meus alunos (sim, sou professora também :P). Sabe o que eu fiz? Fui na festinha deles. E quer saber o que mais? Joguei truco! Nunca joguei baralho na faculdade (pelo menos não nessa). Agora sim, sou uma pessoa completa. E isso não significa nada. Entreguei o trabalho às 20:00 do último dia junto com o último relatório e junto com a avaliação da disciplina. 

Uma semana depois, tipo hoje, depois de eu ter voltado pra "casa dos pais", eu recebo um e-mail da professora. Veja bem o que ela fala no e-mail:

" E gostaria de, antes de divulgar as notas, lhe alertar sobre a sua, em questão. 
À princípio, imaginei que você e a (criatura X) teriam uma certa 'vantagem' sobre os outros alunos, pois haviam assistido às apresentações dos seminários, verificando o formato e as inferências esperadas para esta atividade. No entanto, em seu trabalho, isto não ocorreu."

Pensa em alguém com o C* nas mãos. Tipo, eu acho que eu me vi mais um ano na faculdade. Eu me vi mais um ano na faculdade e com CHAPÉU DE BURRO na cabeça. Eu me vi largando tudo e indo trabalhar em loja. Nada contra, mas imagina eu trabalhando no comércio. Eu não gosto nem de fazer compra com vendedora, vou sempre fazer compra em loja de departamento pra ninguém ficar em cima de mim, quiça trabalhar no comércio. Mas eu me vi, fail total. 

Vou ver o meu trabalho e a JUMS aqui realmente esqueceu de adicionar só mais uma página falando certinho a minha função como enfermeira. Alias, tinham 21 páginas e eu realmente não queria escrever mais nenhuma linha. Alias eu me recusei mesmo a por mais um monte de coisa porque né, pra mim era um trabalho de faculdade e não uma tese de doutorado. E digo mais, o dia que eu me tornar professora eu juro que rebaixo a nota de quem me mandar trabalho com mais de dez páginas e cheio de lorota. Juro, não sou obrigada. 

Voltando, mando outro e-mail pedindo desculpas, mas na indireta falando "Por favor, eu não posso reprovar". Recebo um: 

"Assim, sua nota será menor, mas não que permita uma interrupção de seu processo de formação."

Novamente, pensa numa pessoa que já esta fazendo planos de fazer um currículo e entregar em qualquer fábrica. Melhor trabalhar de peão na industria do que no comércio né. Dúvidas pairam na minha cabeça. Que nota eu tirei MEU DELS? Diz-me.

Meia hora depois de muita e muita angústia. E quase alguém simatando ou  se não era pra ser enfermeira, assassina eu me tornaria. Meu mundo quase caiu. Coleguinha de sala me fala: Já saiu as notas e eu vou lá ver. Vamos fazer as contas:

Primeiro trabalho, nota DEZ
Segundo trabalho, nota DEZ
Apresentação, nota DEZ
Terceiro trabalho, nota SEIS

Dez mais Dez mais DEZ mais Seis é igual a TRINTA E SEIS, dividido por quatro temos NOVE. Eu precisava de média SEIS. E eu terminei com NOVE. E nem foi a nota mais baixa. E eu era uma das poucas que teve três DEZ. E a minha "parceira-folgada" não fez nada e ganhou ... SEIS e a média ficou de 8,5.

Era pra eu ficar feliz? Tá lógico que era, pra quem estava chorando por SEIS. Eu só queria me formar. Mas vem comigo, porque me fazer passar por esse stress, ein ein ein? Porque? Nivel 5 de maldade. Juro, se eu soubesse entregava em branco e ainda garantiria meu 7,5. Porque a verdade é que eu só quero me formar. 

Conclusão: Eu acho que o curso de Enfermagem  não deveria ter trote. Acho desnecessário já que o curso e os professores já o faz tão bem

sábado, 16 de março de 2013

Meu amor, nosso amor estava escrito na estrelas, tava sim!


Pra quem eu canto essa música? Pra ninguém! não tem ninguém. Ai eu fico tentando entender os porquês e descubro que o problema não é exatamente comigo. Que isso, o problema é comigo, mas não porque eu fiz algo. Eu nasci assim e eu cresci assim. Prestenção no meu drama.

Lua em aspecto tenso com Vênus
Este aspecto indica que você tem grande necessidade de aceitação, mas, paradoxalmente, pode repelir as pessoas que se aproximam afetivamente. Isso pode provocar dificuldades nos relacionamentos, que talvez não sejam muito duradouros. As reminiscências da infância podem interferir em seus relacionamentos na vida adulta. Por exemplo Priscila, você pode ter desejos conflitantes com suas necessidades emocionais, ou ter dificuldade para descobrir exatamente se precisa de um parceiro, ou de uma mãe. Você quer e precisa do amor e da aprovação dos outros para se sentir segura, e se isso lhe for negado, você sente que seu mundo está desmoronando. Talvez precise aprender a ficar só por algum tempo e perceber que os outros não são responspaveis por sua felicidade. Você não se preocupa apenas com sua condição financeira, mas também com as mostras exteriores de status social. Isso pode representar um problema, já que o dinheiro pode sair tão rapidamente quanto entra, às vezes mais rapidamente. Você também pode se preocupar muito com a família, tendo ou não motivos para isso. Outra possibilidade indicada por Lua em aspecto tenso com Vênus em seu mapa é uma predisposição a compensar as frustrações emocionais com o consumo de doces e carboidratos. Você pode buscar essa compensação também no sexo.Seus hábitos podem incomodar os outros. Tem tendência à autoindulgência e à preguiça e como odeia sujar as mãos, você prefere que outras pessoas façam o trabalho duro enquanto aguarda confortavelmente sentada. Tem habilidade para dizer o que as pessoas querem ouvir, independentemente de estar ou não sendo honesta. Ás vezes, você se preocupa tanto em agradar alguém de quem gosta que acaba se transformando em outra pessoa, o que só acentua sua insegurança, que se não for resolvida, pode ser transformar em complexo de inferioridade. Você tem a tendência a tomar o caminho mais fácil para evitar conflitos.

Minha cara, completamente. Culpa do obstetra que me tirou da barriga de mamis antes do tempo, ou na hora errada. Agora a pergunta que fica no ar. Como superarei isso?

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Assentando

Tenho tanta coisa pra escrever, mas perdi a senha do outro blog. Era um blog tão legal, o nome era bacana apesar de ser adolescente. Não consigo pensar na senha mesmo. Era algum número misturado com sigla que eu não lembro pra valer. Porque eles inventam essas coisas impossíveis com senhas. Sério, eu prefiro que alguém descubra minha senha a não lembrar mais dela. Nunca lembro de anotar.
Então a vida me obrigou a voltar pra cá e aqui vou ter que ficar. Só estou na dúvida se vou usar meu nome original ou pseudônimo. Também fica X se eu vou anunciar pra todo mundo ou só pra um grupo minoritário.
Enfim, só vim pra comunicar que eu vou voltar a escrever. Tem que treinar, apesar de não saber até quanto tempo eu vou aguentar.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Sou uma procrastinadora. Atrapalhada. Hiperativa, Impulsiva, Indomável, Desatenta e Bocuda. Péssima aluna, com muito esforço e dedicação para tal atividade. Dúbia, quero duas coisas opostas e ao mesmo tempo, agora. Não sou certinha, procuro ser ética. Não sou calma e não penso em uma coisa só. O sangue corre quente pelos meus vasos, mas esfria nas extremidades. Não sou de briga, mas adoro ver barraco alheio. Dou risada alto, não sei falar baixo. Gosto de paquerar, não perco meu tempo fingindo que sou difícil. Eu não preciso de ninguém que não queira estar comigo. Tento ser a melhor companhia, insistentemente, para quem está do meu lado. Tenho ótimos amigos, que me amam mesmo que eu seja uma chata e me emociono quando eles falam que sentem minha falta.
Não gosto de gente que banca o malandro, na Escola da Malandragem eu era usada de exemplo. Sou chata a beça quando quero e também quando não quero. Mas pareço ser legal.
Quando chegar na minha casa, não repara na bagunça. Mas se reparar, favor me ajudar a limpar, pois é visível que não estou dando conta.
Não sei guardar muitos segredos meus, mas vou tentar armazenar alguns aqui, em um blog. Pra ver como não sei guardar mesmo.
Eu sou uma Pollyana, alguém que após os vinte anos ainda faz o jogo do contente e então seria interessante ser chamada assim.